O ex-presidente Jair Bolsonaro se viu no centro de mais uma polêmica após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negar sua solicitação para reaver o passaporte. O pedido buscava permissão para que Bolsonaro pudesse comparecer à posse de Donald Trump nos Estados Unidos.
A decisão ocorreu na última quinta-feira, 16 de janeiro, e reforçou as medidas cautelares impostas ao ex-chefe de Estado. Sem o passaporte, Bolsonaro recorreu a uma solução alternativa, delegando a representação à sua esposa, Michelle Bolsonaro.
Michelle Bolsonaro Será a Representante na Posse de Trump
Impedido de deixar o Brasil, Bolsonaro declarou que Michelle Bolsonaro representará sua figura no evento internacional. Segundo o ex-presidente, ela receberá atenção especial durante a cerimônia, destacando a importância da parceria entre ambos.
“Minha esposa vai para lá. Está convidada. Ela vai fazer sua parte. Tenho conversado com pessoas próximas ao presidente Trump”, afirmou Bolsonaro, destacando sua conexão com o ex-líder norte-americano.
A escolha de Michelle reforça sua visibilidade no cenário internacional, enquanto o ex-presidente enfrenta os desdobramentos de investigações e restrições impostas pela Justiça brasileira.
Decisão de Moraes: Fins Pessoais e Risco de Fuga
A negativa do ministro Moraes foi fundamentada em argumentos sólidos. Segundo a decisão, o pedido de Bolsonaro não apresentava justificativa válida que justificasse a flexibilização das restrições, visto que a viagem teria fins estritamente pessoais.
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Além disso, o ministro apontou o risco de fuga e a ausência de documentação suficiente para liberar o deslocamento do ex-presidente. A gravidade das acusações em curso também pesou para manter as medidas cautelares vigentes.
PGR Endossa a Decisão e Aponta Falta de Interesse Público
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se posicionou contra a liberação do passaporte de Bolsonaro. O procurador-geral, Paulo Gonet, destacou que não havia qualquer interesse público que justificasse a viagem. Além disso, reforçou que Bolsonaro, por não exercer cargo oficial, não teria legitimidade para representar o Brasil no evento.
Com as investigações em andamento, o ex-presidente continua impedido de deixar o país. Enquanto isso, sua equipe jurídica prepara novos recursos, buscando reverter as decisões desfavoráveis.
O episódio é mais um capítulo na saga judicial que cerca Jair Bolsonaro, refletindo a complexidade de sua situação atual no Brasil e no exterior.