A tragédia que abalou Cascavel ganhou um novo capítulo de dor e indignação. A família de Matheus Barreto enfrenta horas de espera para a liberação do corpo, enquanto questiona a segurança no trânsito e o sistema de justiça.
Desde as 9h da manhã desta segunda-feira (24), familiares de Matheus Ramos Barreto aguardam no Instituto Médico Legal (IML) de Cascavel a liberação do corpo do jovem, vítima fatal de um grave acidente de trânsito.
A demora, que já ultrapassa 12 horas, tem causado enorme sofrimento e revolta. O pai de Matheus, Rubielson Barreto, expressou sua dor e indignação com a situação, além de levantar questionamentos sobre a segurança no trânsito da cidade.
Rubielson não apenas enfrenta o luto da perda de seu filho, mas também denuncia a frequente imprudência de motoristas, especialmente na saída de bares. Ele criticou a ineficácia das forças de segurança, como a Polícia Militar e a Guarda Municipal, na fiscalização do trânsito e na prevenção de acidentes.
Rubielson questionou a classificação do crime como homicídio culposo, defendendo que deveria ser considerado doloso, pois o condutor embriagado assumiu o risco de causar uma tragédia. “Estamos perdendo muitos jovens para motoristas irresponsáveis. Isso precisa mudar!”, desabafou o pai.
Outro ponto que gerou revolta foi a demora na liberação do corpo de Matheus. Segundo Rubielson, a família enfrenta um processo burocrático desgastante, agravando ainda mais a dor do luto. Outro caso semelhante, envolvendo um morador de Cafelândia, reforça a preocupação com a gestão do IML da cidade, classificada pelo pai como “nota zero”.
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O acidente aconteceu no cruzamento da Rua São Luiz com a Pio XII, no Bairro Cancelli. Matheus pilotava sua motocicleta Yamaha Fazer por uma via preferencial quando foi atingido por um automóvel Cruze que desrespeitou a sinalização de “PARE”. O impacto foi tão violento que a motocicleta se partiu ao meio.
A Polícia Militar isolou a área e a Perícia foi acionada imediatamente. No entanto, a angústia da família se estendeu devido à demora na liberação do corpo, prolongando ainda mais o sofrimento.
O condutor do Cruze, apontado como responsável pela colisão, se recusou a realizar o teste do bafômetro, mas foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia. A Polícia Civil informou que ele permanecerá detido enquanto as investigações seguem.
A tragédia levanta questionamentos urgentes sobre a segurança no trânsito e a burocracia do sistema forense. Enquanto a família luta por justiça, a esperança é que essa história sirva de alerta para evitar novas vidas perdidas.
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