Luto: Brasil perde o ambientalista Paulo Bachin, um legado que nunca será esquecido

A manhã deste domingo (23) foi marcada por uma grande perda: faleceu, aos 92 anos, o ambientalista Paulo Bachin. Reconhecido por sua luta em prol do meio ambiente e seu engajamento em diversas causas sociais, Bachin deixa um legado inspirador. Familiares, amigos e admiradores lamentam sua partida e prestam suas últimas homenagens.

O ambientalista era viúvo de Ilze Izabel Ongaro Bachin e deixa quatro filhos: Maria Madalena, Luiz Carlos, Maria Margarete e Paulo Germano. Residente de longa data na Vila Linópolis, em Santa Bárbara d’Oeste, Bachin será velado no Municipal Berto Lira, com sepultamento marcado para as 15h30 no Cemitério Campo da Ressurreição.

A trajetória de um defensor incansável do meio ambiente

Nascido em 8 de julho de 1932, no distrito de Tupi, Piracicaba, Paulo Bachin viveu mais de 44 anos em Santa Bárbara d’Oeste. Durante sua trajetória, desempenhou diversas profissões, incluindo agricultor, açougueiro, jardineiro e recenseador, mas foi como ambientalista que marcou a história.

Bachin atuou diretamente na Usina Santa Bárbara, onde contribuiu para o reflorestamento e a recomposição da mata ciliar nas margens da represa de Cillos. Além disso, liderou a mobilização para impedir que a Rodovia dos Bandeirantes passasse por áreas urbanas da cidade e se opôs à instalação de uma usina termoelétrica em Paulínia, visando preservar a qualidade do ar da região.

Um legado cultural, social e ambiental imensurável

Além de ambientalista, Paulo Bachin também brilhou no cenário cultural. Por 23 anos, integrou o Grêmio Teatral São Luiz Gonzaga, participando de diversas peças e tendo um papel de destaque no filme “Encontro Marcado“, de Daniel dos Santos. Seu envolvimento social também o levou a receber títulos e prêmios importantes, como Operário Padrão Bandeirante (1977 e 1984) e Cidadão Barbarense (1984).

Mesmo sem filhos biológicos, Bachin acolheu e criou seus quatro filhos com dedicação e amor. Foi presidente da APASB até 2021 e o primeiro sócio honorário da associação. Além disso, atuou como representante da Sociedade Civil no Consórcio dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e foi delegado do Comitê da Bacia do Médio Piracicaba.

Homenageado inúmeras vezes, teve seu nome eternizado na Praça Pública do Jardim Dona Regina, na zona leste de Santa Bárbara d’Oeste. Em 1999, foi agraciado pelo programa “Canta Santa Bárbara“, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Sua partida deixa uma lacuna, mas seu exemplo seguirá inspirando futuras gerações.